Em 1939, pouco depois do surgimento do Superman, a DC Comics cria seu segundo heroi, agora mascarado, Batman. Interessados em explorar o sucesso excepcional do Superman, Whitney Ellsworth, supervisor das publicações da DC, recorre a Bob Kane, um de seus desenhistas mais engenhosos e lhe pede que crie um novo personagem. Por sua vez, Kane vai em busca de orientação com seu amigo Bill Finger. Finger escreveria a maioria das histórias iniciais do Batman, criando o Coringa e vários outros vilões. Ele também é creditado pela invenção do "Batmóvel" e por ter dado nome da cidade "Gotham City".
Uma vez decidido o aspecto do personagem ao qual se atribuiu uma vasta capa de bordas em asas de morcego e uma máscara dotada de orelhas pontudas, era também preciso dar-lhe uma personalidade. É aí que Bill Finger se afasta totalmente da tradição instaurada pelo Superman. O homem de aço podia satisfazer o público predisposto às façanhas de um heroi invencível. Batman, um homem sem poderes extraordinário e menos jovial que o kriptoniano, iria formar seu próprio público em bases mais carrancudas.
Enquanto Bill Finger chegava ao posto de comando na DC, Bob Kane se associou a um jovem assistente de dezessete anos, Jerry Robinson. A partir de dezembro de 1939, Robinson assegurará a continuidade artística de Batman, e isso durante longos anos. Mais que qualquer outro, ele contribuiu para definir o universo de Batman desse período.
Na edição da Detective nº. 38 de abril de 1940, Robinson decidiu que Kane e Finger deveriam acrescentar um jovem amigo a seu heroi. É o nascimento de Robin. Robin nasce da ideia de amenizar a violência existente nas histórias do Batman, com o nome de (Dick Grayson), ele ajudaria Bruce Wayne - (Batman), numa quantidade inacreditável de situações.
Com a vinda de Robin, Batman se humaniza consideravelmente. Sua determinação de origem se transforma em capacidade fenomenal de dedução. Ele é um novo Sherlock Holmes e se torna o maior detetive do mundo ao qual não faltariam nem cérebro e nem músculos.