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segunda-feira, 23 de julho de 2012

[Past-off ] Cães de aluguel o começo de Tarantino





Por: Leonnardo Monteiro.

Quanto mais olho para o passado vejo mais filmes que realmente fizeram a diferença e os anos 70, 80 e 90 para mim tiveram um grande destaque, afinal de lá para cá o que se vê são cópias e homenagens. No começo dos anos 90 ainda com muita característica dos anos 80, aquela pitada de violência extrema como na trilogia do Rambo. E falando de violência e um jeito diferente de contar histórias temos que falar do grande, Quentin Tarantino . Ele é o homem das “homenagens” no cinema . Afinal no cinema ninguém copia ninguém, no fim tudo é uma homenagem.

Na década de 80, Tarantino começou a trabalhar como balconista de uma locadora de vídeo muito famosa em Manhattan Beach e foi lá onde aprofundou seu conhecimento e digamos assim que ele fez seu “networking”. Foi lá que ele conheceu Roger Avary, um colega que mais tarde iria trabalhar com ele em Pulp Fiction. Olha só que loucura! O cara começou de baixo , de baixo mesmo... De uma locadora para as telonas do mundo.

Como todo bom diretor tem sua linha de filme, e a dele ficou marcada por violência, humor e destacando o submundo. Logo de estreia em “Cães de Aluguel”, fez um modo diferente  de apresentar uma história e ainda atuou no filme. Aquele jeitinho de ir no passado, voltar para o presente e tals... É algo que prende a atenção e encaixando com uma boa trilha surge um filme perfeito para se assistir.




A dublagem dos filmes particularmente de 80 e 90 são muito melhores que as de hoje, tinha umas adaptações tão naturais... Nos filmes do Tarantino no começo da década de 90 você vê muito bem isso no diálogo do banheiro [Cães de aluguel], falando da Madona... A “dançadinha”... Enfim, não entrarei em detalhes. Porém, aviso aos puritanos que o filme contém muito palavrão, sangue... Se não tem estômago, ou, vai ficar ofendidozinho, ou é melhor nem assistir.

O que posso destacar de ruim é a atuação do Tarantino, pois o que ele tem de ótimo diretor, ele tem de péssimo ator, contudo isso não tira o brilho de nenhum filme do qual ele fez essa participação dubla [como ator e diretor]. Ele é um cara que não se limita somente a isso, afinal seu começo foi como um roteirista (Amor à Queima Roupa) e como um bom diretor sempre coloca o dedo dele nos roteiros e produções, pois é um artista singular.

O grande lance do filme é que não tem um protagonista, e por isso faz o filme ficar interessante. E quem acompanha certas séries hoje pode ver que não é mera semelhança, quem conhece “Game of Thrones” entende muito bem o que eu estou falando. Não é querendo comparar histórias, mas a proposta de não ter um heroi, um mocinho... Um cara “X”.

Falar somente de um filme dele já dá trabalho, por ser complexo e completo... Tem gente que ama, ou, odeia, contudo que grande obra não é assim?!

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