Essa semana uma notícia me trouxe vários questionamentos. O filme "Tudo por um Furo" é a última estreia da 'Paramount' a ser exibida nos cinemas com cópias analógicas. Em outras palavras, o filme será o último a ser repassado pelo estúdio em cópias de película 35 mm.
A partir dessa iniciativa, a 'Paramount' só irá distribuir seus filmes em cópias digitalizadas. Começando pelo "O Lobo de Wall Street". O primeiro longa a ser enviado aos cinemas somente sob o novo formato.
Nos bastidores de Hollywood a ideia de substituir o método analógico pelo digital já vinha sendo discutido há anos, mas isso nunca tinha sido empregado por um estúdio com tanto fervor.
O primeiro ponto a ser discutido foi os custos das mudanças em cálculos modestos. A iniciativa movida pela 'Paramount' poderá economizar mais de 30% de custo de distribuição para um filme de médio porte, como no caso de "Tudo por um Furo", e poderá economizar mais de 50% para um filme de alto custo, como o "O Lobo de Wall Street" do diretor Martin Scorsese.
Mas claro que muitos pré-conceitos existem na indústria do cinema atual. Uma indústria regida por macacos velhos da era do cinema mudo. Esses macacos velhos ainda olham essa iniciativa do cinema digital com um olhar de desconfiança, já que são mais de 120 anos de cinema analógico.
Mas eu enxergo isso como uma revolução tardia, uma tecnologia que já existe há mais de 5 anos sendo tratada com tanto receio em uma indústria que vive com prejuízos. Que prefere investir em bobagens como o 3D ao invés de abrir os horizontes para algo tão claro que é o formato digital.
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