Por: Leonnardo Monteiro
Se destacar nos dias atuais é complicado para qualquer pessoa e muito mais para profissionais da comunicação, entretenimento e cinema. Tem que ser muito bom e ter ideias originais com boas referências. No Brasil temos grandes diretores e, Walter Salles vem ganhando o mercado internacional há muito tempo.
Walter Salles vem desde a década de 80 tentando ganhar espaço e um de seus destaques veio com “Japão, uma viagem no tempo: Kurosawa pintor de imagens” foi lançado em 1986. Então de 1986 para cá produziu muito e com bastante ousadia, mas sempre mantendo o estilo “road movie”, talvez seja um novo estilo de road movie, afinal tudo se reinventa. Isso não é algo visto somente por mim, o jornal Le Figaro também falou isso após exibição do longa- metragem “Na Estrada” em Cannes.
Outros filmes que ganharam o mundo e fizeram muito barulho foram: “Terra Estrangeira”, “Central do Brasil”, “Abril Despedaçado”, “Diários de Motocicleta ” e recentemente agora em 2012 com “Na estrada”. Ele tem grandes projetos e já afirmou outras grandes parcerias como essa atual com o filme “Na Estrada”, pois foi uma produção de Coopola.
Sinceramente, vejo que o mundo precisa a cada dia olhar mais para o passado para fazer um futuro mais ousado no cinema e olhar para o mundo como uma grande aldeia, assim verá dentro dessas diferenças de cor, raça e estilos de vida, diversas ideias originais para fazer filmes eternos, como “Sem destino” - [Easy Rider].
O filme ”Central do Brasil” mostrou tudo que a Fernanda Montenegro tinha de bom, destacou sua atuação como em nenhum filme, ou, novela tinha a destacado. Realmente foi bem explorado o emocional e ângulos nos quais traziam peso, emoção e deixava a gente preso à cena a pesar de ser um drama, mas tinha uma aventura, uma viagem que estávamos vivendo junto com ela.
De certa forma filmes assim rodados em lugares de “verdade”, torna até histórico. Seja no nordeste brasileiro, como no sul dos Estados Unidos... Tudo vira uma atração pós filme e isso desperta curiosidade, desejo... Tudo isso faz nascer oportunidades de publicidade para viabilizar até mesmo o sonho dos diretores. Afirmo com isso que não precisa ser sempre um filme Noir, ou, algo vivido em 1950... 80,90... Veja “Central do Brasil” foi um filme de 1998 e foi marcado por viagens e cidades diferentes.
Falando em renovação, sou ousado a falar que nosso querido Walter Salles tem essa bagagem para mudar esse cenário do cinema mundial e se ele tiver um bom investimento, é claro. Vivemos em um mundo cheio de chroma e ilusões que a realidade dos filmes Road Movie são aclamadas. “Sem destino” foi um filme desacreditado e Fonda foi desanimado em fazer esse filme, e de certa forma para ele foi mais complicado por ser diretor e ator, contudo o resultado pós filme valeu muito a pena e com isso ele transformou o cenário do cinema até hoje.
Olho para o futuro e sempre vejo que tem essa tendência, contudo creio que o público tem que ser mais bem preparado para isso. Você que está lendo pode se questionar. Perceba quanto tempo o filme “Na Estrada” ficou em cartaz nos cinemas brasileiros? E foram todos os cinemas que exibiram? Tiveram um retorno do público para exibir?
Quanto a resposta, vou levar para o lado negativo. Fui testemunha ocular que muitas pessoas dentro e fora do cinema não sentiram- se à vontade com uma cena, com o modo... Não estão acostumadas com isso, pois a tendência é sempre procurar o filme do momento em hollywood e o cinema no Brasil não abre o leque para o mundo.
Não quero dizer que os filmes de Hollywood são ruins, eu assisto muitos e sou fã também, mas há vida além de lá. Walter Salles esta aí para provar isso e com muita qualidade, com muita dedicação e já vejo seu ID nos filmes que faz. Acho que a coisa mais difícil para se fazer um filme é fazer bem e ainda deixar sua marca.
Fica minha dica para ver os filmes desse cara que vem marcando o cenário internacional.
Fiquem On !
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